MARCELINO PEIXOTO
desenhos a Iemanjá
fev. de 2022
curso de curta duração

autoria e condução:
Ateliê Casa e Lacasabranca
(Luiza Alcântara e Marcelino Peixoto)
Local: Lacasabranca - Ateliê de Desenho (Casa Branca/Brumadinho).
Participantes: Tiago Aguiar, Livia Baruch, Maya, Eduardo Martins, Nilo Siqueira, João Lopes e Luiza Camisassa
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Drawings for Iemanjá

2022
short course

authorship and teacher:
Ateliê Casa e Lacasabranca
(Luiza Alcântara e Marcelino Peixoto)

O curso de curta duração, Desenhos a Iemanjá, é resultado do encontro de dois ateliês de desenho (Ateliê Casa e Lacasabranca) que ofereceu a desenhistas e não desenhistas praticas imersivas e submersivas de desenho com água. Utilizou de parte da mitologia destinada a Iemanjá, como condutora das práticas do encontro. Iemanjá é uma divindade africana/orixá associada em sua origem aos rios e desembocaduras, à fertilidade feminina, à maternidade e primordialmente ao processo de gênese do Aiê (mundo) e a continuidade da vida). Pierry Verger, em seu livro Dieux d'Afrique* registra: "é o orixá das águas doces e salgadas dos ebás, uma nação iorubá estabelecida outrora na região entre Ifé e Ibadã, onde existe ainda o rio Iemanjá.

Da escuta ativa das palavras ditas (narrativas de experiências vividas por cada um), do lápis, do pincel, das águas e de seus movimentos ao marcarem o mundo com sua presença, surgem imagens e pensamentos que são partidas, princípio, matéria. É sobre o que percorre chão, parede, corpo e papel. Sobre o desenho.

Com técnicas de aquarela em aguadas de diferentes escalas, com diluições e submersão de papéis, abordando e transbordando modos consolidados do desenho, os participantes puderam experienciar o ateliê de desenho de maneira viva, imersiva, entre gestos de dar e receber, ofertar e recolher, molhar, esperar, observar, secar, degustar e partilhar.

* VERGER, PIERRE Dieux D'Afrique. Paris: Paul Hartmann (1ª edição, 1954; 2ª edição, 1995).